O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível foi suspenso e continua na próxima terça-feira (27) com o voto do ministro Benedito Gonçalves, relator do processo. O Ministério Público Eleitoral defendeu a inelegibilidade do ex-presidente.
A ação foi ajuizada pelo PDT, que acusa o ex-presidente de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, por causa da reunião com diplomatas de outros países, em julho do ano passado. Com transmissão na TV Brasil e nas redes sociais, Bolsonaro questionou a integridade do sistema eleitoral brasileiro.
O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet, defendeu a condenação de Bolsonaro e a absolvição de Braga Netto, que concorreu como vice-presidente na última eleição. Segundo Gonet, a reunião teve finalidade eleitoral.
A defesa de Bolsonaro afirma que a reunião foi um “ato de governo”, sem fins eleitorais e pelo “aprimoramento” do sistema eleitoral.
Um ponto de disputa é a inclusão no processo da minuta de decreto para intervir no TSE, encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres. O advogado de Bolsonaro, Tarcisio Vieira, diz que a defesa foi prejudicada.
O advogado do PDT, Walber Agra, diz que a minuta não é a peça fundamental, mas corrobora com a argumentação da acusação.
Antes das manifestações, o ministro Benedito Gonçalves, leu o relatório da ação com um resumo dos passos do processo, provas e depoimentos.
Fonte: Agência Brasil