O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Brazlândia promoveu, nesta quinta-feira (4), a 2ª Ação Integrada Pop Rua. Com a apoio do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), o objetivo é levar pessoas em situação de rua até a unidade para conhecer os serviços ofertados pelo Creas e oferecer um espaço de convivência para eles com lanche, corte de cabelo e barba, entrega de kit higiene e dinâmica de grupo.
“Foi uma oportunidade, além do espaço de convivência e de ter esse momento de resgate da autoestima com o corte de cabelo e barba, de explicar um pouco o nosso serviço para que eles estejam sempre presentes nas nossas ações. Nosso objetivo é fortalecê-los e oferecer qualidade e dignidade para a vida deles”, explica a psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Brazlândia, Glísia Loures.
“Os profissionais do Creas atuam em parceria com as 28 equipes da Abordagem Social no acompanhamento e encaminhamento desse público para os serviços da política de assistência social, entre eles o acolhimento institucional, e de outras áreas, como Saúde, Educação e Trabalho”
Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social
Foram atendidas cerca de dez pessoas em situação de rua, trazidas por uma equipe do Seas, que atua em parceria com o Creas no dia a dia. Uma delas é Everton Carvalho, de 26 anos. “Fiz a barba, cortei o cabelo, tomei banho. Aqui ainda tem lanche, bombom, lembrancinha”, comentou.
Além dos serviços, os usuários participaram de uma dinâmica de grupo para conhecer os serviços do Creas. “A ideia foi trabalhar o que eles querem para este ano. É uma demanda de saúde, tratamento para álcool e drogas, conseguir documentos de identificação. Nesse evento, nós avaliamos o que eles estão precisando”, explica a servidora. “É poder identificar qual a necessidade individual de cada um porque esse é o público do Creas e muitos não conhecem os nossos serviços. A intenção é incentivar eles a aderirem ao nosso atendimento.”
Esta é a segunda ação realizada neste ano voltada para o atendimento da população em situação de rua. Em fevereiro, o Creas fez uma parceria com o Consultório da Rua, da Secretaria de Saúde, para oferta de serviços em saúde em geral.
Atendido pelo Creas Brazlândia há cinco meses, Everton Carvalho recebe atualmente o Cartão Prato Cheio e aguarda para receber o Bolsa Família e o Benefício Excepcional para pagar o aluguel e sair das ruas.
“O Creas está me ajudando. Se não fossem eles, eu não tinha auxílio nenhum. Eles estão me fortalecendo o máximo que eles podem. Estão me tirando da rua agora, me tiraram de outra vez”, conta.
Serviços
“Os atendimentos realizados pelos 12 Creas do Distrito Federal fazem parte da rede de proteção social que o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece para a população em situação de rua. “Os profissionais do Creas atuam em parceria com as 28 equipes da Abordagem Social no acompanhamento e encaminhamento desse público para os serviços da política de assistência social, entre eles o acolhimento institucional, e de outras áreas, como Saúde, Educação e Trabalho”, reforça a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “A nossa rede de proteção visa atender o indivíduo de forma integral, garantindo direitos em todas as suas necessidades”.
Eles também têm como ponto de apoio os dois centros de referência especializados para população em situação de rua (Centro Pop) do DF, em Taguatinga e no Plano Piloto, onde podem ter acesso aos serviços, fazer quatro refeições por dia (café da manhã, almoço, lanche e jantar), fazer higiene pessoal, guardar os pertences e fazer provisão de documentos. As pessoas acompanhadas pela equipe de abordagem também podem almoçar gratuitamente nos 16 restaurantes comunitários do DF.
Os Creas atendem pessoas e famílias (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, mulheres) que estão vivendo situações de violência ou violação de direitos para que eles superem essas dificuldades e possam retomar a vida, com garantia de direitos e cidadania. O atendimento no Creas pode se dar por meio de encaminhamento da rede socioassistencial e de outras políticas públicas, dos órgãos de defesa de direitos. A população também pode procurar o serviço diretamente nas unidades.
*Com informações da Sedes
Fonte: Agência Brasília