O Governo do Distrito Federal (GDF) assinou, na última quarta-feira (4), os contratos para a construção de seis novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). As estruturas serão erguidas nas regiões administrativas de Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras. A sétima unidade, prevista para Arapoanga, ainda aguarda a formalização do contrato após desistência da empresa vencedora da licitação.
Com investimento total de R$ 117 milhões, a iniciativa representa o maior pacote de expansão da rede de urgência e emergência do DF dos últimos anos. “Estamos instrumentando e dando condições para que a saúde do Distrito Federal melhore cada vez mais. São unidades em cidades que ainda não tinham equipamentos de saúde”, afirmou o governador Ibaneis Rocha.
Segundo ele, além das novas UPAs, três hospitais estão em construção. A rede de saúde do DF atende aproximadamente 3 milhões de moradores locais e mais 2 milhões da região do Entorno. Em alguns hospitais, cerca de 40% dos partos são de pacientes vindos de fora da capital.
Construção simultânea e geração de empregos
As obras serão realizadas de forma simultânea por quatro empresas, com cronograma físico-financeiro e repasses mensais vinculados ao andamento dos trabalhos. Estima-se a criação de até 1.050 empregos diretos e 2.800 indiretos com a construção das sete unidades.
“O governador nos deu uma missão bem-definida, e estamos cumprindo. Trabalhamos em conjunto com a Secretaria de Saúde, a Secretaria de Governo, a Procuradoria e o Tribunal de Contas para garantir transparência e agilidade”, disse o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Cleber Monteiro.
Estrutura moderna, sustentável e com tecnologia de ponta
As novas UPAs serão de porte 3, a maior classificação do Ministério da Saúde, com área construída de 2.632 m² cada. Elas contarão com 65 leitos – 33 adultos e 32 pediátricos – além de consultórios, salas de estabilização, brinquedoteca, laboratório, farmácia, serviço de imagem e áreas de apoio para os profissionais.
Os projetos foram desenvolvidos em plataforma BIM (Modelagem da Informação da Construção), que permite maior integração e controle da obra, evitando falhas e acelerando a execução. “Essa plataforma proporciona mais agilidade na tomada de decisões, redução de erros, economia de recursos e um acompanhamento mais eficiente”, explicou o vice-presidente do Iges-DF, Rubens Pimentel Júnior.
As unidades também terão energia fotovoltaica, climatização central com renovação de ar, sistemas de dados estruturados, geradores de energia e usinas de ar comprimido medicinal, garantindo funcionamento ininterrupto mesmo em casos de falhas na rede elétrica.
Atendimento mais próximo e humanizado
A escolha das regiões beneficiadas foi baseada em estudos da Secretaria de Saúde, considerando demanda populacional e déficit de atendimento. “A construção dessas unidades marca uma mudança estrutural na rede. A população vai contar com atendimento mais próximo de casa, reduzindo a sobrecarga em outras unidades”, destacou Cleber Monteiro.
As UPAs funcionam como ponte entre Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e hospitais, atendendo urgências como febre persistente, crises hipertensivas, fraturas, cortes, infecções, falta de ar e quedas. Os serviços incluem exames como raio-X, eletrocardiograma e análises laboratoriais básicas.
Expansão da rede e novas contratações
Hoje, o Distrito Federal conta com 13 UPAs sob gestão do Iges-DF, sendo que sete foram inauguradas entre 2021 e 2022. Com as novas unidades, a rede chegará a 20 UPAs, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana.
Processos seletivos já estão previstos para a contratação e treinamento das equipes que atuarão nas novas unidades. A intenção é que os profissionais já estejam prontos para iniciar os atendimentos assim que as obras forem concluídas.
“O que estamos construindo é mais que concreto e tijolo. É dignidade, é cuidado, é saúde perto das pessoas”, concluiu Monteiro.